quinta-feira, 23 de abril de 2009

VOLTANDO A VELHAS (E BOAS) PRÁTICAS


I'm back!

Atenção galera: depois de alguns anos e muitos pedidos estou voltando ao meu projeto de aulas.

Estou separando um dia na semana pra atender a galera que quer trocar informações sobre música, harmonia, improviso, prática de conjunto, gravação, produção musical, equipamentos, softwares, enfim... tudo o que pudermos aprender juntos.

A aula é uma troca. Nunca sei de tudo e nem saberei. Mas tenho certeza que junto com alguém sempre poderemos
aprender alguma coisa nova! Sempre trabalhei com métodos próprios de aula, e já estou atualizando tudo pra preparar um material nota 10 para os corajosos... rsrsrs...

Quem quiser mais informações, manda um email pra leandro.music10@hotmail.com, que eu respondo com o maior prazer!


Por enquanto é só um dia na semana e com vagas limitadas, então faça logo a sua inscrição, ok?


Grande abraço!!!

LIBERDADE PARA TODOS!!!

Olá amigos. Continuando a nossa série de artigos interessantes encontrados pela internet, aí vai mais uma do "Loucos por Áudio" - que eu indico - um assunto muito interessante e realista.



(Ah, esses produtores... rs...)

Em tempos em que quase tudo é possível graças às maravilhas tecnológicas proporcionadas por computadores e outros equipamentos do mundo digital, onde fica o talento do músico?

A impressão que se tem é que hoje em dia basta ter uma idéia e apertar um botão no computador, que a música sairá pronta como num passe de mágica. Não podemos negar que as ferramentas atuais facilitam muito o trabalho de músicos e técnicos, mas não deixam de serem ferramentas, o que significa que sempre será necessário alguém para manuseá-las. Com certeza Bach economizaria muito tempo quando tinha que escrever uma cantata para cada domingo utilizando um software de notação musical, e Mozart se divertiria muito com um sequencer, mas ainda assim teriam que ser quem foram.

O que acontece é a banalização da arte em função da facilidade que a tecnologia oferece. Por exemplo, um iniciado pode pegar as cifras de uma música, inserir em um software arranjador como o Band-in-a-box e pronto, o playback para ele pode cantar ou tocar junto está pronto. Dependendo do objetivo, o resultado pode ser satisfatório, mas qual será o seu valor artístico? Mais uma vez vai depender de quem programou o software, ou seja, um músico mais experiente pode pegar uma cifra relativamente simples e enriquecê-la harmonicamente, o que produziria um resultado muito diferente daquele do músico iniciante.

A coisa vai além disso. Depois que inventaram “copiar” e “colar”, quantos refrões deixaram de ser feitos? Muito mais fácil fazer uma cópia, principalmente quando está difícil fazer um ‘take’ bom, mas se for só para ganhar tempo, vale a pena pensar se cada refrão com uma interpretação diferente não ficaria mais interessante musicalmente. Isso sem falar no império do Autotune, onde cada vez mais os cantores saem perfeitos do estúdio, mas quando vão para o palco a performance fica duvidosa, isto é, se não utilizarem a versão em hardware do Autotune.

Não podemos crucificar tais métodos, pois mesmo quando não existiam, os técnicos gastavam muito mais tempo buscando soluções mirabolantes quando realmente se fazia necessário algum tipo de intervenção mais drástica. Quem nunca ouviu um técnico mais velho dizer “...no meu tempo a gente fazia isso na gilete...”.

O fato é que se exigia muito mais talento tanto da parte dos músicos quanto dos técnicos quando havia menos recursos. Isso não significa que o excesso de tecnologia seja maléfico, pois quando bem utilizada aumenta a produtividade e dá margem para abusar da criatividade a favor da arte.

(Por Tomi Terahata - Blog "Loucos por Audio")

quarta-feira, 15 de abril de 2009

LIVING AND LEARNING...

Uma das coisas mais preciosas da nossa vida é a capacidade de aprendermos cada dia uma coisa diferente... nunca sabemos tudo, temos sempre que aprender algo...Isso pode ser aplicado na nossa vida de diferentes formas. No meu caso - músico profissional - todos os dias me deparo com surpresas, e faço de tudo pra aprender com elas.
Uma das grandes lições que aprendi recentemente refere-se justamente a uma coisa diretamente atrelada a minha função, que é a música: o PLANEJAMENTO e a ORGANIZAÇÃO. Estive no escritório de administração da Graça Music conversando com o Diretor Executivo de lá, Maurício Soares, sobre muitos assuntos, e, dentre eles, sobre a chegada do CD do Pr André Valadão, que foi gravado ao vivo na Praia da Costa, em Vila Velha - ES, durante o "Jesus Vida Verão" de 2009, CD esse que estive trabalhando como auxiliar de produção na parte musical, juntamente com o Rubinho, que foi o produtor do trabalho todo.
Desde os tempos que o Maurício era diretor do Toque no Altar, onde eu o conheci e trabalhamos juntos, já sei que ele é um profissional super-competente e muito eficiente em tudo o que faz. Mas realmente a organização do evento em geral e todo o processo de produção do CD foi realmente uma aula de produção. Tudo foi planejado com muito cuidado, eficiência e carinho, para que tudo desse certo. O caminhão do equipamento de palco chegou na praia as 7 horas da manhã, desde essa hora os roadies (Ratho e Ser Humano, que trabalham com Skank, Jota Quest entre outros...), juntamente com o Renatinho começaram toda a montagem do equipamento. E era muito equipamento mesmo! Bateria DW, 4 teclados, um piano CP80, amplificadores Orange, Marshall, Trace Elliot, um monte de guitarras Gibson, baixos Fender e MusicMan... enfim... a "Disneylândia" dos músicos, rsrsrs... tudo montado com extrema competência pelos roadies e pelo pessoal do caminhão da captação do audio.
Destaque pro Rubinho - não é a toa que é um dos principais produtores do Brasil - tudo já previamente gravado, editado e ready for use, distribuído em dois sistemas idênticos: Mac Book Pro e Digidesign M-Box, com sessões idênticas e funcionando (um sistema era apenas reserva, que não precisou ser acionado).
Encurtando a história: como o AV já vinha de turnê e estava num ritmo louco de ensaios, tudo estava muito bem preparado pro show e pra gravação. Depois de toda a arrumação de palco e passagem de som eu tive uma visão que ao meu ver era absolutamente impossível de existir: Aproximadamente 16 horas NO DIA DA GRAVAÇÃO, tudo já estava 100% pronto. Palco, luz, som, áudio, vídeo, captação, camarim... enfim, tudo! E o que os músicos foram fazer então? Eu nunca poderia imaginar que no dia de uma gravação de CD e DVD ao vivo, por volta das 16 horas, os músicos estavam liberados pra ir pra praia (!!!). Isso mesmo! Como ainda estava um solzinho de fim de tarde, a galera caiu na água (!!!). Eu já gravei mais de 5 DVDs. Dois como produtor musical. Nunca imaginaria que eu, as 16 horas em um dia de gravação poderia me dar ao luxo de descansar, com a cabeça tranquila sabendo que tudo estava 100% funcionando. Pra terem um idéia, a passagem de som do DVD "É Impossível mas Deus Pode" do Toque no Altar - que eu produzi - COMEÇOU as 16 horas... Realmente aquilo me impressionou muito e me fez aprender diversas lições...A principal: Organizar e Planejar são atividades muito mais importantes do que realmente parecem. Economiza muito tempo, evita o desgaste e retarda o aparecimento de cabelos brancos... rs...
Pra finalizar: Tenho o CD e já assisti as prévias do DVD do AV. Nunca vi algo assim no meio gospel. Impecável. Desde os grafismos da abertura, inserções, edição de vídeo, tudo fantástico. Compre o CD e o DVD, vale a pena.
Um abraço galera!
A gente se vê!
Vivendo e aprendendo sempre!





FINALIZANDO O TRABALHO...



Olá galera! Retornando com a postagem de matérias especiais que acabo encontrando pela internet, aí vai uma muito interessante que encontrei no "Loucos por Audio":


Vamos abordar a principal diferença de dois processos importantíssimos durante a produção de um CD que são: Mixagem e Masterização.


Mixagem

A mixagem consiste basicamente em nivelar e obter equilíbrio de todos os takes gravados de forma que ouçamos claramente instrumento por instrumento sem que nenhum encubra o outro. Vale lembrar que para mixar um trabalho há infinitos critérios e métodos, mas o que não podemos deixar de lado é ter sempre a presença de um profissional com experiência e vivência na área, um ótimo ouvido e bom senso para discernir o que está “over” e o que não está. Com o advento de muitos ‘home estúdios’, hoje em dia, nos deparamos com muitas pessoas que dizem ser técnicos, mas fazer um trabalho importantíssimo como esse é preciso muita, mas muita experiência e paciência. Geralmente quando vamos mixar um trabalho, a tarefa básica, como já falamos, é balancear e dosar os volumes, equalizações, compressões, efeitos, pan, etc, dos instrumentos gravados.


Masterização

A principal tarefa da masterização é nivelar os volumes de todas as faixas de forma uniforme para o um padrão de mercado, equalização, compressão e a inserção do ISRC (International Standard Code) que identifica cada fonograma e nos permite o controle dos direitos autorais de execução. Muitos acham que a masterização arruma falhas da gravação e mixagem, mas isso não é verdade. Ela apenas colabora com o trabalho realizado. Por isso para uma masterização eficiente e de sucesso, as etapas anteriores (gravação e mixagem), tem que ter sido bem feitas. Não adianta nada ter uma boa masterização se o trabalho foi mal gravado e péssimamente mixado.

A grande sacada tanto para uma mixagem e masterização de sucesso é ter muito critério e ouvir muitos CDs para ter referências e com isso chegar a ótimos resultados.


Vamos lá, galera!!! Muito som!!! rsrsrs...

sexta-feira, 10 de abril de 2009

APRENDENDO SEMPRE!



ALÔ GALERA!

Voltando mais uma vez... rs...

Estou aqui porque realmente tenho que compartilhar de uma experiência musical marcante que tive no último dia 6 de abril, uma segunda feira totalmente despretenciosa, mas que foi muito legal.

Estive tocando em um projeto chamado "Espaço Memorial Instrumental", um projeto de musica instrumental muito legal promovido pela Igreja Batista Memorial em Nova Iguaçu. Feito no Pátio da igreja, com um som bacana e um ambiente super-informal, estive presenciando o show da banda do Renan (baterista) no mês de março juntamente com o Davidson Rodrigues (guitarrista), após umas sessões de gravação do disco da Banda LC3 (inclusive... estamos na finalização da mixagem... aguardem mais um pouquinho... rs...), e após o evento o Davidson (vulgo "Baqueta") foi convidado oficialmente pra fazer o evento do mês seguinte.
O evento em si foi muito bacana. A banda foi Thiago Souza (baterista), derrubando todo mundo com suas quebradas, meu grande amigo Fábio Muniz, baixista, sempre sensível a tudo o que a música está pedindo e o Baqueta que, como era "the star" do show, foi o responsável pelo repertório e pela condução do show, tanto estruturalmente quanto musicalmente, afinal, eram dois milhões de solos de guitarra... rs... E, finalmente, esse que vos fala nos teclados, perdidinho no meio das músicas e atrapalhando os caras... rsrsrs...

Depois de algumas músicas, alguns improvisos e, as vezes, algumas tiradas musicais muito maneiras (rs...), houve um momento de perguntas, onde o Baqueta esteve falando sobre música, estudos, setup e etc... até que fui surpreendido pelo melhor momento da noite: o pastor da igreja nos pediu para darmos, individualmente, um toque, um conselho aos músicos iniciantes que estavam assistindo. Então lá fomos nós... Baqueta falou sobre perseverança, Thiago falou sobre estudos, Fábio falou sobre dependência de Deus, eu toquei em alguns tópicos como ter um alvo, ser centrado no que quer, etc... e aí o próprio pastor foi dar a sua palavra. Então tudo mudou.
O pastor foi perfeito em sua colocação. Ele falou sobre uma qualidade que muitas vezes é esquecida, principalmente entre músicos novos: a HUMILDADE.
Não é difícil nos depararmos com situações onde músicos "novos" estão na fase de descobrimento da música. É até comum, e por vezes cômico, observar músicos que descobriram um novo rudimento, uma nova frase, um timbre diferente e querem apresentar isso como a 12a maravilha do mundo. Por vezes olham para um músico mais "antigo" e disparam milhares de notas, solos, escalas, slaps, arpegiaturas, ARGH! Esperando que o tal "antigo", ou até mesmo algumas das pessoas que estão assistindo o "embate" exclamem: "PUXA CARA! VOCÊ TOCA MUITO!!! MUITO MELHOR QUE O "VETERANO" QUE ESTÁ TE OLHANDO ADMIRADO DA SUA INFINITA TÉCNICA E PLASTICIDADE DE SEUS MOVIMENTOS!!! VOCÊ É O MÁXIMO!!!"... rsrsrs... Mas voltando ao comentário do meu amigo Fábio: "amiguinho todas as notas que você executou sempre estiveram lá, bobinho...". Você não vai descobrir o Brasil, nem a América, e muito menos fazer uma revolução na cabeça das pessoas tocando seus milhões de notas por segundo... rsrsrs...
Eu apenas concluo o raciocínio daquele pastor: Antes de estudar, antes de tocar, antes de falar, antes de tudo: SEJA HUMILDE! Alguns dos maiores e melhores músicos que eu conheço são pessoas maravilhosas, que em nenhum momento se sentem maiores ou melhores que ninguém, mesmo tendo know how e conhecimento pra isso. São seres humanos que se comportam como tal. Sua destreza não os torna superiores... pelo contrário, são de humildade impressionante.
Apenas pra destacar: um dos melhores tecladistas que conheço é o Mito, do Novo Som. Toca demais. É um cara genial. Mas ao mesmo tempo é uma pessoa fantástica, gente boa, atenciosa e um dos caras onde a humildade é realmente uma característica marcante. Um grande abraço, meu camarada! O mundo musical precisa de mais pessoas como você.
Galera, é isso. Sejam acima de tudo HUMILDES. Humildade não é se rebaixar, não é você deixar todo mundo falar ou fazer o que quer de você. Respeite aos outros como você gostaria de ser respeitado.
E não esqueça de estudar... rsrsrs...
Grande abraço!